Conflito

TESTANDO 1,2

Três horas da noite e aquilo continuava...
- Vá embora! Não quero te ver mais! – gritou.
- Vai você! Estou muito bem aqui. Não moverei um dedo. Eu ficarei! – falou com um tom de deboche.
- Eu moro aqui há mais tempo, eu sou o dono!
- O que leva você a pensar isso?! Quem falou que você estava aqui antes de mim?!
E na casa, a briga continuava:Suas vozes eram ouvidas por todo o quarteirão silencioso. Os vizinhos, assustados, observavam de suas janelas. Luzes apagadas; rostos aos vidros; congelados pelo acontecimento, tentavam ter um relance do interior da casa.

- Eu fecharei meus olhos e espero que, ao abri-los, tu não estejas mais na minha frente!
- Você quer apostar que ficarei?!! – O sarcasmo esvaia.
Os berros, a cada momento, ficavam mais altos e mais cheios de ódio. Murros nas paredes eram ouvidos. A cada “BUM... BUM... BUM...”, os vizinhos se apavoravam mais.
- Contarei até três – insistiu nas tentativas – e não quero te quero mais aqui, na minha frente!
- HA HA HA! Tente, apenas tente!
- BASTA!!!
Com o último gripo veio um último som. O som de vidro sendo estilhaçado.
Momentos depois, os vizinhos, preocupados com o silêncio repentino, decidiram ir à casa. A porta estava destrancada. Foram adentrando. Tudo estava escuro, silencioso. Mais um corredor. Uma luz. Chegaram à porta de onde provinha a claridade.
O homem estava em frente a um espelho quebrado. Sua mão sangrando. Mas com um sorriso no rosto. Ele virou-se lentamente ao encontro das pessoas que ali estavam, suspirou e falou:
- Finalmente, estou só!
[...]


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