Olá, meus queridos amigos!
Como estão? 
Eu estou me recuperando de uma gripe, mas tudo ok!

Vamos ao assunto de hoje.
Primeira "BookShelf View" do Blog!!! (eeeee \o/)
A escolhida foi a estante da Najda Moreno
Vamos dar uma espiada?!

Conflito

TESTANDO 1,2

Três horas da noite e aquilo continuava...
- Vá embora! Não quero te ver mais! – gritou.
- Vai você! Estou muito bem aqui. Não moverei um dedo. Eu ficarei! – falou com um tom de deboche.
- Eu moro aqui há mais tempo, eu sou o dono!
- O que leva você a pensar isso?! Quem falou que você estava aqui antes de mim?!
E na casa, a briga continuava:Suas vozes eram ouvidas por todo o quarteirão silencioso. Os vizinhos, assustados, observavam de suas janelas. Luzes apagadas; rostos aos vidros; congelados pelo acontecimento, tentavam ter um relance do interior da casa.

Escolhas


Em um certo momento, Deus teve uma idéia: criar um ser parecido com Ele, mas que viesse de Sua mais nova obra prima: a Terra. Sendo assim, desceu do Seu trono e foi à Terra, para mais esse trabalho. No momento em que pisou na Sua criação, olhou para os lados, à procura de um material para compor esse ser.
Olhou as plantas e pensou: “Hum, não! Acho que não ficaria bom a partir disso!”. Olhou as águas e pensou “Também não ficaria muito bom!”, e continuou a vasculhar, tentando achar algo que realmente se encaixasse. Após um longo tempo de procura, sem êxito, suspirou e abaixou a sua cabeça, pensativo.
Foi quando se deparou com seus pés. Eles pisavam em algo que, até o momento, o Criador não havia notado: o barro. Com um sorriso de felicidade no rosto, ajoelhou-se e começou a modelá-lo da maneira em que havia planejado.
Ao término, levantou, ficou observando, parado, com a mão ao queixo; pensou “está faltando algo”, e continuou a olhar até que surgiu a idéia: “Já sei!”.
Deu um sopro na sua obra e nela colocou Sua vida.
Sua obra, que foi chamada de homem, enfim abriu os olhos...
***

Os meus olhos abriam-se, a luz ofuscou-me por certo tempo. Levei minha mão aos olhos para protegê-los da luminosidade. Mas, após algum tempo de adaptação àquele lugar, resolvi abaixar a mão e começar a discernir o que eu via em frente.
Quando meus olhos finalmente conseguiram focar, percebi primeiro, não a sala em que eu estava, mas que não estava sozinho; um homem me acompanhava.
PRIMEIRA REAÇÃO: Espanto:
- “Quem é você?”
Ele me respondeu, com um sorriso no rosto, mas sua resposta deixou-me mais confuso:
- “Sou seu Criador!”
Comecei a olhar em minha volta, sem prestar atenção no que ele falava. Estávamos em uma sala cheia prateleiras, e nessas prateleiras vários vidros, de cores diferentes, de tamanhos diferentes, de espessuras diferentes; enfim, cada um era singular.
SEGUNDA REAÇÃO: Dúvida:
- “Onde realmente nós estamos?”
Voltei a falar com o homem, que continuava a me olhar.
Novamente ele falou, mansamente:
- “Cada resposta virá ao seu tempo, não tente apressar as coisas; estou aqui para te convidar a uma caminhada.”
Ele fez um gesto com a mão para caminharmos, e assim fizemos; ele estava um pouco mais a frente, e se distanciando. Naquele momento, eu tinha notado algumas coisas.
Olhando mais de perto aqueles frascos, em silêncio, a cada um que eu olhava, me intrigava mais ainda. “O que será tudo isso?”, era a única coisa que vinha em minha mente. Foi no momento em que eu cheguei mais perto das estantes, para olhar detalhadamente, que notei nomes em cada um dos frascos: “qualidades, defeitos, características,...".
Assustei-me quando aquele homem voltou a falar:
- “Então... você já entendeu o que são todas essas coisas?”
- “Exatamente, não! Pelo o que eu vi são qualidades e defeitos...”, Falei.
- “São escolhas!”, Ele interrompeu.
- “O que você quer dizer com escolhas?”
- “Estou te dando a chance, e para todos os próximos, de escolherem suas qualidades e defeitos. Aqui está tudo aquilo que você pode ser, depende apenas da escolha certa. Existem qualidades, que aparentemente o seu frasco é feio, torto, mas por dentro, ele é lindo e precioso, e vice-versa os defeitos. Pense, reflita, olhe e tenha calma, para não escolher algo errado.”
- “Se eu entendi direito, tenho que escolher agora?”
-“Sim, filhinho!”, falou, rindo.
- “Mas... e se escolher algo errado, eu poderei trocar?”, perguntei.
- “Você já viu algum pai negar algo a um filho?! ... rsrs”.
- “Só mais uma pergunta: quanto tempo eu tenho para ficar nesse lugar?”
- “Leve o tempo que precisar, pois este lugar não está nada distante de você; na verdade, ele é o seu interior.”, Ele falou.
Abaixei minha cabeça, em direção ao meu peito, pensando: “Meu interior? Como assim?”. Tentei questioná-lo a respeito disso, mas ele não estava mais ali. Mesmo não o vendo, conseguia sentir que, de alguma forma, ele estava ali, ao meu lado.
Olhei para aquela sala, as prateleiras, os frascos.
Respirei fundo, calmamente.
Dei meu primeiro passo.
Estiquei minha mão, e comecei a escolher...

Encontro Gélido


A neve caía. Caía nos meus ombros cobertos por um casaco preto, que já estava salpicado de pedaços brancos. Pedaços do céu estavam em mim. Conseguia sentir o frio dessas partículas atravessando o casado e as minhas roupas, chegando até minha pele; isso me dava uma sensação boa e ao mesmo tempo ruim.
Caminhava pelas ruas de minha cidade que estava desolada, após os atentados dos dias anteriores. Não gosto de lembrar as noites passadas. Sim! Apenas noites, pois eu e mais algumas pessoas ficamos cerca de três dias dentro de um porão no escuro, a única luz que tínhamos não brilhava mais pois a energia elétrica havia sido exterminada junto às nossas casas. Junto a tudo o que estava acima do nível da terra.
O único sentido que conseguíamos usar - e usávamos - era a audição. O som de bombas colidindo ao chão. Isso me dava medo! Muito medo!
Mas deixe-me voltar ao dia atual; depois de algumas horas de silêncio resolvemos sair de onde estávamos, uns primeiro, outros depois. Eu fui um dos primeiros, e até hoje me pergunto por que fiz isso. Porque não fiquei lá dentro? Ao sair do refúgio me deparei com várias cenas. Nevava muito naquele dia. O lugar já começava a ficar totalmente branco. A primeira cena que me chocou foi que não havia mais casas, prédios, lojas, nada em minha rua, apenas destroços, lixo... e pessoas.
Caminhando por tudo o que restava, ou o nada do que restava, vi tudo que havíamos construído em muitos anos serem lançados ao chão, como meros papéis ao vento, como quando você escreve algo errado, destaca-o e joga no lixo.
Notava que meus sentimentos esvaiam-se a cada nova imagem que eu olhava. Sentia que existia um vazio dentro de mim, uma dor por toda a perda existente. Porque tínhamos que pagar por algo que não fizemos, nem éramos a favor, e sim obrigados a aceitar?
Ao virar em uma esquina, um baque! Vi uma menina ao chão, deveria ter mais ou menos dez anos. Quando cheguei mais perto vi que ainda estava viva, pois foi protegida por destroços que tinham sido de uma casa. Mas os escombros estavam em cima dela.
Fui ao encontro dela.
Ela me olhou. Uma única lágrima despencou de seu rosto. Parecia que aquela lágrima tinha sido um tiro que me cortou por dentro.
Olhei para todos os lados e gritei:
- Ajudem, tem alguém vivo aqui!
Minha voz ecoou pela rua.
Ajoelhei-me perto dela e ela falou sorrindo:
- Está tudo bem.
Como uma criança poderia falar assim? Ela estava sofrendo, e poderia morrer também.
- Vou te ajudar, falei para ela.
- Você me levará aos meus pais? , ela me perguntou.
- Onde eles estão?
- Eles estavam comigo dentro de nossa casa!
Pensei. Eles devem estar embaixo desses escombros também. Eles não sobreviveriam. Com certeza já estão mortos.
- Vou chamar ajuda para te salvar, falei, me colocando em pé.
- Você me levará aos meus pais? , perguntou novamente.
Fiz que sim com a cabeça; menti e corri.
Encontrei algumas pessoas; falei sobre a menina e consegui juntar seis voluntários. Fomos correndo ao local. Enquanto corríamos, contei a respeito do que ela me perguntou. Ao chegar ao local meu coração parou.
Seus olhos estavam fechados, seu rosto caído para o lado. A neve deixara seu cabelo branco.
- Ela encontrou seus pais, sussurrei.
- O que você falou? Onde estão os pais dela que não os vejo? , falou um homem que ouviu meu sussurro.
- Estão mortos! , disse. Minhas últimas duas palavras.
Continuo caminhando, vendo o que o ser humano é capaz de fazer por poder. Mesmo assim fico feliz por saber uma coisa, uma criança está feliz, pois deve estar onde queria, junto aos seus pais!

Nunca Desista!


Preciso começar isso falando o melhor aviso da humanidade: “se você tem alguma oportunidade na vida de se dar bem, NUNCA, eu repito, NUNCA, perca ela, pois elas passam, como metrôs em nossas cidades, muito rápido.”

Agora sim, podemos ir para a verdadeira história. Sou um garoto de dezessete anos, normal como todos – penso que não preciso falar mais nada de mim, pois essa historia não é tão grande para que você tenha que saber todas as minhas características e criar uma imaginação em sua cabeça. Deixo isso livre para você, mas, por favor, crie algo legal, bonito, conto com você, ok? -. Como a maioria dos garotos adolescentes de cidade grande, eu pego ônibus todos os dias para minha escola. Vou, na maioria dos dias, sozinho, ouvindo musicas meu mp3player, às vezes lendo, outras olhando pela janela, viajando em pensamentos, outras olhando as pessoas dentro do ônibus, vale dizer que tem cada um que parece espécie rara da humanidade, meu Deus!

Foi num dia desses que tudo aconteceu, já estava dentro do ônibus há uns vinte minutos, quando entrou uma garota de ficar com água na boca – ela, sim, merece ser descrita: altura mediana, loira, olhos azuis, pele clara, curvas totalmente bem feitas, parecia uma Barbie, mas uma Barbie muito gostosa -. Não consegui tirar os olhos dela. Olhei para o meu lado. Lugar vazio. Perfeito. Ela veio, veio, veio, e passou do lugar, sentou longe de mim, - que droga!- pensei.

Faltavam quatro paradas para eu descer e ir para a escola, definitivamente precisava chegar naquela garota ali mesmo. Mas fiquei travado no lugar, quando pensei em me mover, uma senhora sentou ao meu lado, resolvi ficar ali, se fosse do destino, eu iria conseguir. Pensei comigo, se a mulher sair daqui eu irei lá, dois segundos depois ela saiu. YEAH! Mesmo assim, não fui – hoje me lembro disso e posso realmente falar, eu era um banana mesmo, mas voltando a historia – pensei, se algo acontecer, vou saber mesmo que o acaso está ao meu lado. A bateria do meu mp3player acabou – não foi um grande aviso, como um anjo descendo dos céus mais já bastou para mim – nisso já tinha se passado duas das minhas quatro paradas faltantes.

Algo terrível aconteceu, ela se levantou na minha penúltima parada, me levantei para ir atrás dela, desesperado, não poderia perder aquela mina assim. Quando já estava em pé vi que ela apenas saiu do lugar para dar passagem a um homem que estava do lado dela no assento. Fiquei quase na frente dela no corredor. Ela me olhou e falou:

- Você quer passar?

- Não, a..a.. apenas quero sentar mais a frente, porque minha parada é a próxima – falei. Nunca pensei em uma mentira em tão pouco tempo.

- Pode sentar aqui do meu lado, se quiseres.

- Ok! – falei, com cara de bobo. Não acreditava que aquilo estava acontecendo mesmo.

Sentei. Pensei, “essa é a hora de investir”.

Conversamos até quase perto da minha parada. Quando notei que eu estava chegando à minha escola, resolvi perguntar:

- Então, você esta com alguém?

- Tipo, como? – ela falou

- Algum relacionamento e tal, tipo namorado, ficante, enrolado?

Mentalmente eu gritava “NÃO, NÃO, DIZ QUE NÃO, GATA!”.

- Não!

- Que legal! – falei dando uma olhada mais ameaçadora, com um sorrido insinuante. -Posso pegar seu numero de telefone para poder te ligar mais tarde? Podemos marcar alguma coisa.

O GRANDE MOMENTO DO MEU DIA!!!

Ela deu aquele sorrisinho de quando a pessoa está sem graça, mas quer aquilo. E falou:

- Olha, acho que não gostaras do que vou falar, mas preciso. A fruta que você gosta, eu adoro também!

Meu mundo caiu!

- Uhnn... – Concordei. Não conseguia mais falar nada, até que saiu um – Ok.

- Mas foi legal falar com você – ela falou

- Sim, sim! – não conseguia tirar palavras que não fossem monossílabas da minha boca.

Enfim chegou minha parada. Nunca desejei tanto isso.

Antes de sair ela ainda falou.

- Ah! Se caso tiveres uma amiga afim, diz para ela vir nesse ônibus sempre venho nele.

Apenas concordei com a cabeça. Eu estava desolado.

Sai do ônibus.

Leitor, você pode agora estar se perguntando por qual razão eu comecei esse relato com a dica de nunca desistir das oportunidades, sendo que eu fiz isso e me dei mal. Mas é assim mesmo, não disse para você que tudo iria dar certo sempre, mas nunca deixe de tentar, pois em uma dessas você pode se dar bem.

 
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